HISTÓRIA





 LAGES - Lendas

Lenda da Serpente do Tanque: Nas segundas-feiras, no tanque, as lavadeiras debruçadas por sobre as tábuas, a torcer as roupas dos senhores coronéis e suas famílias, trabalhavam enquanto batiam aquele papo gostoso do dia-a-dia. Em meio a estes papos, as histórias iam sendo contadas e a lenda do tanque se repetia no palavreado simples das mulheres que ali lavavam suas roupas. A história contada era de que uma mãe solteira, para encobrir o fruto de sua vergonha, jogara a criança naquele tanque onde estavam a labutar. Estranhamente, todavia, a criança não morrera, mas se transformara numa cobra.Contavam elas que a cabeça da cobra permanecera ali no tanque e a cauda se encontrava no rio Carahá, estendida em todo o seu percurso. Nossa Senhora, a padroeira de Lages, ciente do hediondo crime praticado pela desnaturada mãe, prendia com os pés a cabeça da moderna hidra ao berço úmido da desgraça mítica, procurando assim evitar que a criança, transmutada em monstro, se revelasse ao mundo. No dia em que a Santa abandonasse esse propósito, a cidade seria totalmente tomada pelas águas, escapando somente a enchente, à cacimba da Santa Cruz. Diversas vezes notou-se verídica a previsão, pois, quando era tirada a imagem da Santa de seu altar, na Catedral, mesmo em procissões, começava a chover torrencialmente, parecendo que o mundo iria se desfazer em água. Porém, bastava retornar a imagem da Santa ao seu altar, que, o sol voltava a brilhar, afastando-se assim a promessa do cumprimento do trágico cataclisma.O relato das mulheres lavadeiras se espalhou por toda a cidade e o medo se apossou de todos, vindo assim a fazer com que as mulheres nunca comparecessem sozinhas ao tanque, sempre iam acompanhadas ou em grupos. Ninguém se atrevia a passar a noite naquele ermo, porque, ao lado do coaxar dos sapos, ouvia-se plangente e lúgubre, o grito de um ser perdido em angústia e desesperança.
Lenda da Gralha Azul: Há muito tempo atrás, nos campos de Lages, levava-se uma vida tranqüila e pacata. Só as festas, quermesses, casamentos ou pixuruns quebravam a sua monotonia. Admiradores respeitosos de suas coisas, os serranos se surpreendiam vendo surgir onde menos se esperava, novos grupos de pinheiros, e por mais que o fizessem, não conseguiam explicação para o fato.Conta-se que num certo tempo, esta gente serrana foi surpreendida por uma forte trovoada Em meio à correria e gritos, recolheram as criações e se abrigaram em suas casas junto ao fogo de chão. Um dos moradores atreveu-se a olhar a tempestade, desrespeitando as crendices populares que dizia ser perigoso olhar a tempestade. Ele viu uma cena jamais vista. Ele conta que no meio da tempestade uma avezinha - a gralha-azul - estava tentando se abrigar da tempestade, e um dos pinheiros gigantescos estirou os seus galhos como braços e acolheu a pobre avezinha. O morador foi correr para chamar o povo para ver, mas um clarão o surpreendeu e disse a ele que era para ele contar a todos o que tinha visto e tomar por exemplo.Maravilhado o morador passou a explicar às pessoas que era a gralha a responsável pelo aparecimento de tantos pinheiros. Ela enterrava o pinhão para se alimentar no inverno, e esquecendo do lugar onde escondera, ela buscava outros, deixando na terra a semente de novos pinheiros. Fora, portanto, um gesto de gratidão que o pinheiro se envergava para proteger a pobre avezinha. A partir daquele dia todos souberam o porquê dos pinheiros surgirem sem que alguém os plantassem.
Boi de Botas: Por razões históricas, os lageanos receberam a alcunha de "Boi de Botas". Durante a Guerra Farroupilha, uma das maiores epopéias da história do Brasil, forças rebeldes aqui proclamaram a República, que acabou tendo uma vida efêmera. O idealismo da luta farrapa que durou 10 anos, e a valentia dos heróis anônimos, marcaram uma importante página na história de Lages. Em 1839, aqui formaram um pelotão de Cavalaria, que seguiu serra a baixo, para o combate que objetivava a tomada de Laguna. Ao lado dos farrapos, lutaram Giuseppe e Anita Garibaldi. Em pleno combate, os canhões e carroções puxados por bois, atolaram na lama e foram retirados a força pela comitiva lageana, o que provocou o comentário do Comandante David Canabarro ao Coronel Serafim de Moura, que chefiava a expedição: "Seus soldados se portaram com tal bravura e força, como se fossem verdadeiros Bois de Botas". Em vista do civismo e bravura que o originou, "Boi de Botas" é sinônimo de heroísmo, de que se orgulham todos os lageanos.
Ladrão de Cincerro: Sendo Lages, passagem e parada obrigatória de tropeiros e viajantes que levavam tropas de animais para Sorocaba - SP, onde eram vendidos numa feira, e tinham por costume acampar no local onde hoje existe a Igreja de Santa Cruz e a Cacimba. Acampavam e soltavam os animais para pastarem. A rapaziada da Vila, muito brincalhões (característico do lageano até hoje), à noite roubavam os cincerros ou colocavam palha de milho dentro dos mesmos, evitando assim que o tropeiro escutasse o barulho. Muitas vezes os tropeiros pela manhã ao tentar reunir a tropa para seguir viagem, não conseguiam localizar os animais, pois não escutavam o som dos cincerros. Enquanto a rapaziada lageana escondida, davam grossas gargalhadas, atrás das moitas. Assim levaram a alcunha de Ladrão de Cincerro.

Professores municipais visitam Coxilha Rica e Passo Santa Vitória

Caros colegas de docência,

Com grande prazer iniciamos 2012 com muitos projetos e um pedido dos professores pela Avaliação Institucional era o passeio cultural na Coxilha Rica e Passo Santa Vitória. A todos que nos acompanharam puderam registrar e se encantar com as ondulações campesinas da Coxilha e banhar-se nas águas do rio Pelotas. Dia belíssimo, pôr do sol encantador e paisagem digna de cartão postal.
Abaixo reportagem que está no site da Educação, Revista Expressiva e matéria veiculada nos jornais Correio Lageano e Gazeta Serrana.

Desejo a todos um excelente trabalho para a semana,

Abraços fraternos,
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Nos dia 10 de março, um grupo de professores do Sistema Municipal da Educação de Lages participou de uma viagem cultural à Coxilha Rica e o Passo Santa Vitória com o objetivo de conhecer aspectos históricos, sociais e culturais desta região que fez parte do caminho das tropas no século XVIII e XIX que transitavam entre Viamão e Sorocaba passando pela região de Lages.

Coxilha em espanhol quer dizer terreno levemente ondulado e limpo, e Rica significa bonita. A história e a natureza nos convidam a um tipo de turismo saudável, entre rios límpidos, campos verdejantes cobertos de capim mimoso entremeados de imponentes Araucárias que se projetam azules esverdeados pelas coxilhas, serras, peraus e rios.

O corredor das tropas atravessa toda a Coxilha Rica, serpenteando entre seus vales, fazendas centenárias e corredores de taipas de pedra que se constituem na construção (contínua) mais extensa do Brasil. A saga das tropas, conduzindo milhares de cabeças de gado equino, bovino, muares para o centro do Brasil – Sorocaba e as Minas Gerais durante o ciclo do ouro.

Ao logo do Caminho das Tropas surgiram sedes de fazendas, pousos, cemitérios, igrejas, vilas, povoados e bodegões, como novos espaços de interações sociais, de troca de bens, de informações e mercadorias. Construíram-se, desta forma, as diferentes identidades culturais e étnicas da população da serra catarinense, com índios, brancos, negros, caboclos e eurodescendentes que se fixaram mais ao norte do estado.

No trajeto, ainda é possível ver as marcas do período através da presença única dos “corredores de taipas”. No cenário, pode-se registrar a arquitetura luso-brasileira nas sedes das fazendas, o modo de vida que se revela nas lidas campeiras, na culinária, nas festas, na linguagem, no modo de vestir, na religiosidade, na utilização de ervas medicinais marcando seu modus vivendis .

A divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina é demarcado pelo Rio Pelotas. Nele situa-se o Passo Santa Vitória, posto Alfandegário do Real Caminho de Viamão, tendo na margem esquerda o município de Bom Jesus – RS e na margem direita o município de Lages – SC.

Este Passo aberto em 1733 por Cristóvão Pereira de Abreu foi oficializado em 1772 através da Lei do Império (Coroa Portuguesa) que tinha como finalidade a guarda para contagem de animais e a cobrança de impostos conforme a legislação vigente. Além do controle fiscal, o posto possuía a atribuição militar de barrar a entrada dos castelhanos na região. O Passo Santa Vitória é um local privilegiado de acesso para ambas as margens do Rio Pelotas. Possui lajes de pedra em forma de suave escadaria desde a água, em ambas as margens, além do represamento do rio Pelotas.

Dado a sua importância histórica, o Passo Santa Vitória é considerado patrimônio cultural, sendo tombado por decreto municipal em 1993 pelo município de Lages e, em 1996, pelo município de Bom Jesus. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – tem em seus registros 93 sítios arqueológicos nessa área.

A Coxilha Rica e Passo Santa Vitória além de bonitas também são repletas de memórias históricas oferecendo diferentes atrações naturais, culturais e históricas. E hoje se sabe que um dos fatores que mais atrai turistas no mundo é o turismo histórico, de aventuras, de cavalgadas. Segundo a profª Jussara Castilhos, formadora da Secretaria Municipal da Educação, as viagens culturais fazem parte da Formação Continuada, capacitando professores para aulas dinâmicas, oportunizado por um roteiro cuidadosamente organizado.

Texto: Profª. Jussara Castilhos
Foto: Toninho

Formação Continuada – Secretaria Municipal da Educação de Lages 12/03/2012

HISTÓRIA


Professores, queria lembrá-los de duas datas importantes  que temos nesta semana:
1ª : Casamento na Inglaterra dos príncipes.Ótima oportunidade para trabalhar as questões da Igreja Anglicana, por que ela existe e como ela é comandada. Evidenciar aos estudantes qual a importância para a Inglaterra de um casamento real e suas implicações sociais, econômicas e culturais para os ingleses. Salientar que o Brasil foi o único país das américas onde um rei veio morar em sua colônia. Nós tivemos a experiência de monarquia... falar como acontece a sucessão... o que diferencia de democracia... se fôssemos governado por um monarca hoje como seria? (foto do Rei Henrique e suas esposas abaixo). Site da UOL transmitiu ao vivo o casamento e fizeram muitas considerações.
  
2º : O Dia 1º de maio - Dia do Trabalhador - O que significa ser trabalhador na atualidade, conversar com eles sobre o que esperam do mundo do trabalho, qual a relação que existe entre escolaridade e trabalho. Se existe diferença entre Trabalho e Emprego.  Comentar na próxima semana sobre as manifestações políticas, culturais e eventos que ocorrem no Brasil em uma determinada capital do Brasil (São Paulo), onde empresas oferecem prêmios aos participantes regados a muita música sertaneja e pop. (quadro da Tarsila do Amaral com o nome Operários).
 Desejo a todos um ótimo final de semana e com muitas leituras interessantes...

O Origem dos Dias das Mães

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".
Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. 

"Não criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.



Estimado(a)s Professor(a)es,

Uma boa aula depende de um bom professor, de uma boa preparação e bons recursos didáticos. Aqui no blog da Formação Continuada procuramos oferecer material que vai auxiliar professores e estudantes, com o objetivo de potencializar o aprendizado. Assim, nesta página de abertura achamos pertinente colocar uma imagem da evolução humana. Historicamente evoluimos em muitos aspectos mas quando vemos e ouvimos na mídia sobre o que é ser "civilizado", temos dúvidas.
Disponibilizaremos um farto material que certamente vai contribuir para os dois principais atores do processo educacional: o(a) professor(a)  e estudante.

Longe de ser uma disciplina voltada para o passado, sem conexões com o presente, a História tem como pré-requisito fundamental a imersão nas questões que afetam os vivos: é a ciência dos seres humanos no campo, como bem disse March Bloc. Mas as perguntas aparentemente ingênuas dos alunos podem ser compreendidas se lembrarmos que vivemos imersos num eterno presenteísmo; numa época em que há uma acentuada tendência em explicar o presente com base nele próprio e, concomitantemente, a desqualificar o passado.  Acreditamos que todos aproveitaram suas merecidas férias,  mas por outro lado, que tenham  desgustado de ótimas leituras. Eu partilho com vocês as minhas:

1) PRECONCEITO CONTRA A ORIGEM GEOGRÁFICA DE LUGAR - As fronteiras da discórdia, Durval Muniz de ALbuquerque Jr, São Paulo, Cortez, 2007.
2) ENSINO DE HISTÓRIA - Katia Maria Abud, André Chaves de Melo Silva e Ronaldo Cardoso Alves, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2010.
3) GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL - Leandro Narloch, São Paulo, Editora Leya, 2009.

Todos os três são imperdíveis para professores e amantes da História do Brasil... Por ordem de importância para aquisição o nº 3, depois o nº 01 e finalmente o nº 2.
Procurem Submarino e Saraiva.. ambas possuem bons preços

Tenho duas sugestões de filmes para assistir:

1) CLUBE DO IMPERADOR: trabalha questões éticas e morais... um professor toma uma atitude que julgava acertada e acaba contribuindo para a formação distorcida do caráter de um aluno e prejudica outro..

2) ESCOLA DA VIDA: que já sugeri na ultima formação (novembro 2010).. filme para professor assistir... não levem para a sala de aula pois podem correr o risco de os alunos quererem uma aula igual...
Ambos os filmes têm na locadora Top Vídeo.

Fiquei muito feliz de ver nosso grupo tão animado e com grandes projetos para a sala de aula.. com certeza farão a diferença... já tenho gestores que estão vindo na secretaria elogiar o trabalho de vocês.

Colocaremos neste espaço, dicas de filmes, sites, textos, livros e atividades que nossos professores(as) realizam nas unidades escolares do Sistema Municipal. Desejo um bom trabalho e que o ano letivo seja muito exitoso.

Jussara Castilhos
Profª Formadora